quinta-feira, maio 27, 2010

Cinza

O cinza e frio toque desta textura afiada
Sob o olhar deste passageiro sombrio é possível sentir
Ou mesmo no esforço para tudo tocar
Talvez pelo desejo de ser tocado por algo
Ou alguma coisa, alem da tola trégua com a ilusão
E se a cor, perfumada cor, se fizesse presente
E não se manifestasse apenas nesses devaneios de calmaria
Então essa sedosa composição faria de si a beleza que almeja
E, tão certo quanto o sentido estar no fim, haveria um começo
Mas é apenas mais um acorde ressonante de discórdia
O paradoxo personificado na simples complexidade de mais um sabor
Ou ainda, mais uma marca profunda numa alma superficial

domingo, maio 23, 2010

Limiar

Ok... este não eh um post comum, da mesma forma que estes não tem sido dias comuns.
Eu aprecio a tempestade, eu aprecio sua ordem e seu caos, mas eu, cada vez mais, sou levado a questionar o que há abaixo da superfície. Apreciar os reflexos distorcidos somente, já não basta. Eu quero, eu desejo, saber o que há de fato ali.
Algumas pessoas, provavelmente a maioria, não olha para as sombras por medo do que pode encontrar. Não deveria ser assustador olhar e não haver coisa alguma? Eu acho que sim, eu sei o que significa assustador, eu sei quando algo deveria ser assustador... mas eu não consigo ir alem disso. Encontrei o nada e me pergunto a quanto tempo ele existe. A quanto tempo existe esse vazio, escuro, gelado, metódico e caótico?
O mais importante de tudo, talvez a única coisa que importe, quantas respostas nos queremos? Ou, com quantas respostas saberemos lidar? Eu nunca fui bom em saber parar, apenas mais um limiar.

domingo, maio 16, 2010

Lifestyle

Long live Rock 'n' Roll!

quarta-feira, maio 12, 2010

Pedaços

Mesmo o mais profundo desejo de ponderar cada simples movimento, apenas mais um ato falho e inconstante... tão comum! E poderia ser cegueira, ou apenas detalhes, desta continua falta de percepção. E se a empolgação me arrasta, como fariam as sombras, para mais uma sucessão de palavras desprovidas de sentido, então eu poderia compreender a verdadeira essência do que é fútil nessa superfície gelada.
A beleza, por outro lado, corrompe minha alma e faz florescer a perfumada melodia na escuridão. Disso o desejo não pode me livrar, tão pouco a lucidez seria mais que arranhões no chão gelado... o doce arrastar deste perverso caos.
Talvez seja apenas a falta de apego, a falta da pesada ilusão de importância que as coisas deveriam ter. Porem, quando somente essa árida paisagem se faz presente, eu prefiro ser o reflexo desse ser tempestuoso e ser queimado pelo fogo que incito tão apaixonadamente, do que me submeter a essa vontade cinza e opaca que me é oferecida.
Quando tudo o mais parece cair vitima dessa doença amarga, o preço mais caro que se pode pagar é nada perder, somente para descobrir, mais tarde, que perdeu-se tarde demais. E demasiado cedo achar seus pedaços, como se fosse mais uma manha fria de chuva fina. A alma inquieta, que clama pela liberdade de mais uma brisa, somente pode encontrar as perguntas nos pedaços do espelho, mas nunca a verdade encerrada sob a mascara da hipocrisia... tão cuidadosamente decorada!
E se não fosse apenas mais uma manha fria de chuva fina... Então, talvez, eu pudesse aguardar ate isso dormir, e fazer musica das marcas deixadas no pó ou apenas deixa-las.

domingo, maio 09, 2010

Castanho

Mesmo que fosse possível evitar, não o faria
Tão pouco fugiria desse olhar que não aconteceu
Não somente me deixo arrastar para mais um abismo
Por mais belo sorriso, por linhas que desenham minha imaginação
Nem mesmo o é assim pelas palavras que embriagam
Envenenam minha vontade e me fazem ceder mais uma vez

Caos

As vezes não importa se é simples, certo e necessário, será tão difícil quanto tentar ignorar a gravidade.