segunda-feira, março 28, 2011

July

Há o desejo, inerte, de que se dissipem as nuvens
Que sigamos para outros lugares
Há um desejo latente marcado na lembrança dos viajantes na tempestade
A satisfação se esgueirou pelas arestas no fim da música
Enquanto seguimos com nossas tentativas de chegar a lugar algum
Nos deixamos levar pela triste balada desse perfume insano
E ninguém poderia nos culpar por escondermos a tentativa
Nem poderiam julgar meu vicio pelo sabor dourado aquoso 
Somente mais umas poucas linhas e parece que é o que sou
Mas nossas mentiras selaram nossos lábios, encerram nossos olhos
Você procurou a escuridão da cegueira, eu procurei o silencio frio
Senão fosse pelo continuo reverberar de todas a músicas, em todas as noites
Seria apenas a lembrança de tão familiar olhar
Das linhas percorridas pela ponta dos dedos, o suave perfume no seu toque
Mas não estaremos satisfeitos sem mais riscos, não estarei

sexta-feira, março 25, 2011

Caos

As vezes eu olho para fora, para o horizonte, e não sei dizer para onde as coisas estão indo. Em alguns momentos tudo parece estar fora de lugar, carece de um sentido, importância.
Cada vez mais eu tenho menos a dizer, para qualquer um, para mim mesmo. Cada dia o desejo de poder esvaziar minha mente cresce, torna-se uma constante... cada tentativa de esvaziar minha mente se converte em arrependimento, tira as coisas de seu lugar, as poucas que parecem restar.
As vezes eu sorrio sinceramente, e sinceramente esses sorrisos parecem ser idiotice, frutos de uma ignorância inerente a fraqueza, inerente a ilusão.
O ímpeto, a vontade, para resolver coisas simples parece se esvair em segundos... parece nunca ter existido. Assim como a sensação de ver as coisas de modo pálido, apagadas, parece persistir, parece aumentar, o extraordinário dura minutos, ou segundos.
Chegou ao ponto de não haverem paisagens congeladas, tempestades, noites escuras ou sinestesia... Simplesmente não há nem mesmo a vontade de imprimir um sentido dúbio... somente as palavras, tão claras quanto surgem.

quarta-feira, março 02, 2011

Trying, just a little bit harder

As vezes não importa quem somos, tão pouco importa o que fazemos... As coisas acontecem.
Por instinto alguns procuram quem culpar, outros procuram se culpar, mas não importa...
Perdoar parece fácil, as vezes fácil demais.
Esquecer, por outro lado... Evitar que a criatividade navegue por águas turbulentas.
Não importa.