segunda-feira, janeiro 24, 2011

Sade

"Só me dirijo às pessoas capazes de me entender, e essas poderão ler-me sem perigo." 
(Marquês de Sade)

terça-feira, janeiro 18, 2011

Silêncio

E tentando encontrar meu lugar, celebrei o mais perverso sorriso
Ao som da decadência inoportuna, sedutora companheira
Embriaguei-me com seu perfume voraz e deixei-me consumir
Me permiti alimentar as chamas nas profundezas daquele olhar
Mergulhar na escuridão de um abismo dançante, sedoso
Uma canção do silencio que preenche minha alma
A anulação do ontem, comemorada pela incerteza do amanha
Mas somente tentava encontrar meu lugar

domingo, janeiro 16, 2011

Vazio

E se a renuncia a ouvir, no silencio, os próprios gritos vazios
Leva somente a mais um passo adentro da escuridão
Então eu fiquei aqui apenas com um bom livro, e talvez eu mesmo
Pois quem mais finge entender, nunca quis saber... nunca saberá

E se ando vazio, como o vazio que vejo, logo vem o amargo sabor do arrependimento
Mais uma noite em meio a mais uma multidão sem rosto
Ou ainda, mais um sorriso forçado pela manha, tentando ignorar o óbvio
Ainda assim eu continuo aqui, na maior parte do tempo... sem saber o que sentir

Mas, talvez, seja o medo que arrasta o ímpeto de novos planos para longe
Perceber que no final somente existe o interesse egoísta
O sentido deturpado de ações cada vez mais mascaradas
A superficialidade crescente que nos cerca e engole

E poderia não ser lamento, tortuoso, mais este minuto
Porem o certo nem sempre é o melhor, nem sempre faz sorrir
Do mesmo modo que o certo nem sempre existe
Nem sempre gostaríamos que existisse