domingo, novembro 14, 2004

Aurora

Tão rapidamente a aurora chegou,
Quanto, com ela vieram os sons de tal batalha...
Eis que a branca e imaculada neve caia sob o descampado entre as colinas,
E sua pureza era, tão logo, substituída pela rubra essência da vida.

Sob a sombra de carvalhos, guerreiros anônimos descansam suas armas...
Pois sob pétreo leito, irão jazer, tão brevemente quanto o próximo suspiro,
Ou tão longinquamente quanto o amanhã.
Pois então, haverá lagrimas em tão doces rostos, que os esperam sem repouso.

Apenas quando cai a noite, as trevas poderão cobrir os pálidos rostos
Que, sem nome repousam eternamente sob as estrelas
Quão longe iriá o guerreiro, em suas batalhas,
Se não para voltar para tão amada donzela?

Tolos são aqueles desafiam o verdadeiro amor de outrem,
Por que estes cairão sob a lamina do aço frio.
E não haverá lágrimas de sangue por suas faltas...
Nem mármore em suas moradas finais.

Tão logo separar-te-á de tua morada,
Quanto descobrirá que não há refugio senão o que deixastes...
Descobriras ainda, que não importa quão longe vá,
Não encontrará proteção que lhe livre do doce beijo da morte...

Então, quando em combate te deparares,
Sinta o suave acariciar do vento em seu rosto...
E peça-o que leve teus pensamentos a sua donzela,
Pois este certamente será seu ultimo momento.

Desta forma, quando sentires, o aço frio, tirar-lhe o fôlego,
E o gosto metálico da rubra essência invadir-lhe a boca,
Poderás partir com a visão de sua tão amada lady.
Antes de sentir a eternidade tirar-lhe a vida.

Sob as sombras de carvalhos, ão de jazer perpetuas lagrimas...
Daquela que vos esperava antes do crepúsculo.
Mas que os ventos leste, trouxeram fim à tão dolorosa espera.
Até que esta tenha fim em sua jornada, e possa ver sua ultima aurora.

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