quinta-feira, novembro 18, 2010

Resposta

O sorriso veio, inesperado e sem convite, com sua dor fria e sincera
De um lugar longe demais para ser alçando, um som surdo e seco
Arauto da morte, sombrio passageiro, a detentora de todas as chaves
E não importa quão profunda seja a escuridão, sua beleza oprime

A verdadeira fraqueza, frágil e arenosa, faz-se perceber sem timidez
Como o fogo, executa sua dança promiscua e sedutora
A essência da queda, uma melodia sedosa, o mais profundo desejo
Quando esconder-se de si não é possível, somente uma busca interminável

Como a inocência, a vida jaz aos pedaços, fragmentos de arestas afiadas
O cortante caminho daquele que busca a verdade a todo custo
E não se pode voltar atrás quando este é o único caminho que se tem
Mas esta é a sua noite, o seu perfume fúnebre, o mesmo desejo a cada respiração

O eco dos passos, desconhecido companheiro, a perda do reconfortante controle
As palavras que evocam a queda, a tempestade flamejante e cinzenta
Quando a liberdade aprisiona sua alma com seu gosto rubro, salgado e metálico
Não haverá resposta ao teu chamado, apenas o som das penas negras do mensageiro

5 comentários:

  1. Sua sabedoria me encanta!
    Tú tens o dom para a escrita!
    Ainda acho que tú deverias investir nisso!
    Daria um bom escritor/poeta. =D

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  2. "O sorriso veio, inesperado e sem convite..."
    certo que sim,principalmente no dia seguinte...^^

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