– Você queria mesmo ser poeta? – Perguntou ela, afundando o rosto no travesseiro.
– Sim, mas eu morreria de fome. – Ele respondeu com ar divertido, enquanto tirava o cabelo do rosto.
– Bobo. – Ela retrucou enquanto puxava o braço dele.
O vento forte sibilava de modo sombrio, logo o som da chuva se fez ouvir. Estava quente, o cheiro da chuva invadiu todo o lugar com rapidez. Tão logo quanto a chuva começou, os dois riram sem dizer nada.
– Viajantes na tempestade, pode ser o próximo título. – Deixou o devaneio virar som.
– Eu gosto, sobre o que será? – Perguntou com a voz ainda abafada pelo travesseiro.
– Hum... não sei. Que tal se for sobre pessoas que foram jogadas nesse mundo, como atores sozinhos? – Perguntou olhando para ela, admirando a pele branca e macia.
– Perfeito. – Ela respondeu virando o rosto e olhando para ele, o sorriso que ele viu então limpou sua alma.
– Riders on the storm... – cantou.
A chuva seguiu forte, indiferente as coincidências que provocava. Espalhou o caos pelo resto da noite, mas não foi mais ouvida ali.
segunda-feira, julho 20, 2009
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