quinta-feira, outubro 15, 2009

Abismo

Do suave sabor que se fazem as trevas
Um convite para o abismo
Deixou-se perder no doce toque
Nas palavras precisas, de uma voz melodiosa
Uma brisa gelada na noite escura
Como a clareza de um sono profundo, um sorriso
Um torpor para os vícios mais profundos
Melodia para afastar a certeza de um final incerto
O meio que justifica qualquer fim
Se desfazem os arrependimentos em certezas sombrias
A segurança para sorrir à face do erro
O mais valioso acerto
E se no eco dos meus passos eu passo a escutar
O perfume de um jardim do abismo no seu hálito
Ou o sabor dourado nos seus lábios vorazes
Então meu desejo queima inquieto pelo próximo toque
Pelo próximo segundo em que tais olhos vasculham minha alma
Com uma paixão profunda e pronunciada
Pelo próximo toque da sua pele quente
Então o mundo é outro e nada mais importa

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