segunda-feira, dezembro 28, 2009

Fogo

E me deixo embalar pela agitação melancólica do caos
Numa tentativa débil de não quebrar
Diante dos ventos gelados desta tempestade
Pois então minha alma clama pelo fogo
Atira-se selvagemente no abismo, por prazer
Apenas para sentir o vento no rosto
Para confrontar a inercia que a mantinha estática
E se há a paixão pelo que é belo
Também há a culpa de um espírito insaciável
A turbulência de uma mente incansável
Sempre desdenhosa da calmaria
Uma incansável busca pelo desagrado, incandescente e escuro
Pelas estradas molhadas pela chuva, castigadas pelo vento gelado
Essência de uma paixão que aumenta quando foge de si
Que sempre esconde uma palavra que não pode ser dita
Tão pouco quanto os desejosos gestos podem ser feitos
Nem que para isso espere até que se diga tarde demais
Tudo para esconder as sombras do gelo a própria simplicidade
Então caos, que me embala em sua agitação melancólica

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