quarta-feira, dezembro 23, 2009

Paixão

E me apaixono, simplesmente, furiosamente amo
E busco, pois não há perfume mais delicado
Tão pouco beleza mais sublime que o sabor do que é livre
Me entrego as sedosas linhas que desenham o caos
A melodiosa canção do que me fascina
E não busco motivo senão o próprio querer
Nem desejo mais do que apenas me deixar fascinar
Fazer do meu espírito livre o que ele bem entender
Seja viajar pelo desenho impetuoso de seus lábios
Ou cavalgar livremente ao som da melodia de sua voz
E há sinceridade nessa simplicidade controversa
O mais puro desejo de contemplar o que me é belo
O que queima minha alma com o desejo de vento no rosto
E sorrio porque vejo um jardim no mais profundo abismo
Posso sentir esse perfume colorido na mais densa escuridão
E nada mais importa senão o sentido que encontro nessa arte
Perfeita poesia que não pode ser descrita em qualquer traço
Apenas preenche minha alma, do caos faz tempestade
Da tempestade faz canção, um sorriso

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