quarta-feira, janeiro 13, 2010

Fogo

As vezes o horizonte se enche de fogo
Pouco antes de me reconfortar com tão desejada noite
Tempestuosa e perfumada escuridão, de ventos suaves
E deixo a melodia guiar meus passos lentos
Observando o calmo movimento dos meus pés
Deixo-me perder por entre o caos em minha mente
Que despreza, por um instante, o mundo ao seu redor
E tudo que vejo são os ecos destas linhas
Que desenham com perfeição estes modos tortos
Que vêem beleza nas gotas dessa chuva fina
Ou mesmo nestes gestos lentos e suaves
Deixo-me apaixonar então pelo que é simples
E essa arte pura e essencial preenche minha alma
Faz florescer o jardim em sua escura morada
E se o horizonte se enche de fogo
Incendeia minha vontade com desejo
Me traz para perto de mim, tão desejada noite

Nenhum comentário:

Postar um comentário