terça-feira, janeiro 19, 2010

Leveza

Acida leveza desta alma selvagem
Pelo saborear das caricias do vento
Que lhe desmancha os cabelos
Perdeu-se nos devaneios, nas minúcias
De lembranças que nunca aconteceram
No toque perfumado do martelar do piano
E achou a si no desenho de perfeitos labios
De linhas fluídas, calorosa textura
Desvencilhou-se da calma respiração
Para saciar a sede em desejoso veneno
Como se fosse chuva fina na manha fria
Como a paixão pela lua, pelas estrelas
Deleitou-se com os próprios erros
Como a primeira carta, tolo incauto
Para marcar na pele tão gelado hálito
Ou apenas se deixar molhar
Sob o apaixonado olhar da tempestade

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