sábado, setembro 26, 2009

Desire

Se não fosse pela musica que desenhava a fumaça a sua frente, talvez fosse somente o gosto acre, das lembranças cortantes, que o faria dançar sobre o que parecia a sombra do que foi. Sentiria então o coração batendo, uma batida perfeita, essência da sua imperfeição.
Seus dedos ansiavam pela textura sedosa e gelada, suave sabor do caos, que prometia um novo dia de cores e cheiros, palavras e gestos. E sua garganta ardia diante da sede por tão alva pele, pelo melodioso perfume. Precisava matar a si mesmo no vermelho d'aqueles lábios, e viver no entre corte das respirações.
Beijo, palavra, beijo, beijo e palavra. E não saberia o que fazer, mas faria com a sinceridade dos que se apaixonam pela própria frieza sombria.

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