terça-feira, julho 14, 2009

Carvalho

Qual a palavra e qual o comando que separa os homens do paraíso?
E qual deles mantém o medo em suas almas?
Mas não me importarei se for absolvido ou condenado!
Tratarei de lutar contra os sentimentos que me prendem,
Com suas correntes de pânico
E com a bebida, destilada do sangue virgem, que me entorpece...
No paraíso dos Imortais poderei perecer
Quando, da torre primaveril ou dos salões dos mortos,
Arrancar, com toda a minha força,
Se preciso, com a minha vida, um sorriso teu.
Quando minha alma gelar, dos olhos do vigilante do norte
Saberei dos teus pensamentos nos reinos do sul.
Mas se há aqueles que estão descontentes,
Mesmo sob o sereno brilho das estrelas,
E clamam as brisas costeiras, temendo a tempestade e adorando o Sol.
Lhes darei os sombrios ventos do leste,
Que virao através do mar com a sua legião de espíritos do fogo.
Transformarão seus verdes vales em lagos sangrentos
Onde, ao contrário das torres livres do paraíso,
Ofuscarão seus frágeis olhos com a imagem do portal negro.
Nos jardins secretos de minha casa
Plantarei para você um carvalho
Mesmo sabendo que não há água, somente sangue...

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