sexta-feira, julho 31, 2009

Torpor

Mesmo que o rubro liquido molhasse minha boca
E seu sabor metálico e pesado invadisse meus sentidos
Permitindo a morte por fim ao meu caminho
Ainda não haveria temor em meu coração
Nem dúvida em meus pensamentos
Se há de se morrer por algo
Que seja então pela melodia prata de suas palavras
Pela seda e pelo doce de seus lábios
Ou ainda, seja pelo seu olhar que me vasculha a alma
Tão indiferente a minha sombra, a frieza de minha superfície
Não importaria honra nem tempo, tão pouco o orgulho vazio
Subjugados seriam pela plenitude de tua beleza
Grandeza de tua alma, elevação que assusta e fascina
Com um sorriso, levado seria
Pela morte escarlate, ou esmeralda
Sem questionar a abreviação de meus passos

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