segunda-feira, julho 13, 2009

Cerâmica

– Não! – ele disse com veemência. Apoiando-se sobre sua bengala ele aproximou-se da mesa que exalava aquele doce perfume de madeira nobre.
– Como assim 'não'? – Ironizou o homem sentado a maior cadeira da sala. – Eu não vou aceitar uma resposta como essa, principalmente vinda de você!

O homem sentou-se, sua bengala tornava-se extremamente desconfortável em situações como esta, pigarreou e perguntou:

– O que você espera de mim, neste caso?

O homem sentado a maior cadeira sorriu, não um sorriso bonito, mas ao menos triunfante:

– Eu espero lealdade absoluta!

O outro voltou a ficar de pé, com a a ajuda de sua bengala. Ele havia conseguido, o maldito estúpido havia mordido a isca, mas não se permitiu sorrir, ainda não...

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