sábado, julho 18, 2009

Sentido

Das ultimas coisas que me desfiz
Então me vi perguntando quem era
Todas tiveram seu valor em algum momento
Quando a resposta não veio por mim
Mas, assim em um instante, vi-me sem entender seus significados
Busquei fora a resposta
Assim todo o caminho fez-se verde e brilhante
Como nunca antes, eu não tinha idéia
E, mesmo embrigado pela bela visão, procurei por lembranças
Não houve vazio nem tristeza, perdi-me no cinza
Contudo não pude me agarrar a elas, não as queria como antes
E do cinza contemplei todos os sons que me cercavam
E não vi sentido no que havia percorrido
Não os sons do horizonte, mas sim os do local onde estava
E tudo pareceu ter sido errado
Tudo era pálido, mas estava longe de ser frio
Dei-me conta, esta era mais uma lembrança
Queria cores, um sentido talvez
A doce mania de agarrar o passado
Mas não pude chegar a lugar nenhum
Deixei-a escorrer por entre meus dedos e molhar o chão
A pergunta pareceu desaparecer, não precisava de resposta
Talvez esse fosse o ultimo aspecto que sobrasse intacto
Havia um longo caminho a frente
E o som disto quebrando levou consigo os conceitos
Sem conceitos, cor ou planos
A melodia da guitarra pareceu pura como nunca
Me envolveu e fascinou

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